No período da dominação romana sobre as terras de Israel, nos dias de Jesus, mulheres e crianças não eram sequer consideradas nas estatísticas da população. Dentro deste contexto, a valorização e inclusão feitas por Jesus, em particular aos menos valorizados da sociedade – incluindo pobres, imigrantes, deficientes, crianças e mulheres – estão por todos os seus Evangelhos. Fica claro que ninguém fez tanto e em tão pouco tempo pelos direitos humanos em toda história da humanidade como Jesus. E ele não gerou violência ou segregação de nenhum grupo ao fazê-lo. Sua revolução teve por base seu amor, integridade, coerência e palavras. Jesus nunca pegou em armas, nunca se rebelou contra o Estado, não dividiu a sociedade e, com sua revolução pacifista e de fé, também influenciou e transformou todo mundo mais do que qualquer outro. Seu legado é nossa maior motivação para continuarmos a luta, em especial pelas crianças que sofrem em nosso país!
Segundo dados do Portal Brasil, as agressões contra crianças e adolescentes entre 4 e 14 anos, somam mais da metade dos registros e são 57,78% das vítimas registradas no país. Um estudo global sobre violência infantil realizado pela ONU revela que a cada ano 275 milhões de crianças são testemunhas de atos violentos em suas famílias, 126 milhões trabalham em atividades consideradas de risco ou escravidão e entre 100 e 140 milhões de meninas e adolescentes sofreram mutilação genital em países de maioria islâmica.
São três os tipos de violência que predominam contra as crianças. Primeiro, há os casos de negligência (72,81%), quando são deixadas sem comida, banho ou remédios. Em seguida, há as ocorrências de violência psicológica, 45,74% dos casos. Por fim, as agressões físicas que representam 42,42% das denúncias. A quase totalidade é de maus-tratos (92,22%). A maioria dos agressores são parentes da própria criança. Mães, pais, irmãos, avós e tios são 67,94% são os abusadores e violentadores. Dessa forma, os casos de abuso costumam ocorrer dentro de casa, num total de 48,74%! Hoje, o Brasil é o segundo país do mundo em número de assassinatos de crianças e adolescentes, atrás apenas da Nigéria, que sofre com a opressão das tribos radicais do Norte do país que praticam em massa mutilação genital em suas meninas. Vale lembrar que existe uma linha exclusiva para que todos possam vir a denunciar violências praticadas contra crianças e adolescentes; em São José dos Campos, é o 153.
Faça sua parte! E como Jesus, abençoe crianças: “Então disse Jesus: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas’, depois de orar e impor suas mãos sobre elas, as abençoe e partiu” (Mateus 19:14-15).
Carlito Paes
Pastor Líder da Igreja da Cidade em São José dos Campos e Rede de Igrejas da Cidade.