O mundo em que vivemos precisa de paz, assim como o nosso país. Por isso, desde antes da chegada de Jesus ao nosso mundo, os anjos já proclamavam: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” (Lucas 2:14). Jesus disse que felizes seriam os pacificadores: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). O mundo no qual Jesus viveu durante 33 anos, na região da Judeia, dominada pelo Império Romano, nunca viveu em paz em seu tempo. Ainda assim, Ele vivia em paz – não era apenas um pacifista, mas um pacificador. Jesus sempre promoveu a paz: ao enviar os 70 discípulos em paz às casas, ao andar a segunda milha com as pessoas, ao dar a segunda face e nunca agir com violência. Jesus é o perfeito modelo de paz que precisamos. Se você vir um cristão violento, saiba que Jesus não é o seu mestre nesta matéria.
Infelizmente, somos um dos países mais violentos do mundo. O Brasil é o segundo país
mais violento da América do Sul, como apontam dados da ONU. A América Central e a América do Sul registraram as mais altas taxas de homicídio intencional no mundo em 2017. Na lista, o Brasil só ficou atrás da Venezuela, acima da média regional.
Paz. As pessoas precisam aprender a se respeitar
Como mudaremos esta realidade? Promovendo uma cultura pessoal de paz que começa em cada um de nós, em nossa própria casa, família e vizinhança, ao trabalharmos juntos por um mundo de paz. Na semana passada, a sociedade brasileira deu um recado claro ao governo e ao país, unindo direita, esquerda e centro, quando toda a sociedade reagiu prontamente ao pronunciamento em vídeo do ex-Secretário da Cultura Roberto Alvim, que em um discurso citou palavras do nazista Joseph Goebbels. Imediatamente, todos pediram a sua saída e o presidente o demitiu. Em uma sociedade livre, nem de longe pode-se aceitar de qualquer servidor público um centímetro de apologia, mesmo que indireta, ao nazismo. Afinal, foram 6 milhões de judeus mortos diretamente pelo regime na
zista somente na Alemanha.
Da mesma forma, não podemos fazer nenhuma apologia à violência gerada pelos tribunais clandestinos do tráfico ou à tortura de qualquer autoridade no passado ou no presente, civil ou militar. Precisamos amar e respeitar a todos, incluindo os que pensam de forma diferente de mim e de você, porque a cultura da paz respeita as diferenças e trabalha pelo diálogo e pela boa convivência entre os homens. Como escreveu o profeta Jeremias em sua carta aos exilados na Babilônia. “Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela” (Jeremias 29:7). Oremos pela paz da cidade, mesmo que não seja a nossa cidade, a começar por nossa própria vida pessoal. Paz seja com você!
Carlito Paes