Particularmente, não sou chegado ao ritmo musical funk. Talvez seja pela minha idade: sou dos anos 70 e gosto mais de samba canção, bossa nova, das mais antigas da MPB e dos “good times” da música pop americana. Mas isso é o de menos, é apenas preferência musical. Cada um que curta seu estilo, até porque, penso eu, a letra de uma música é mais importante que sua batida. Mas, preciso admitir que os últimos acontecimentos no Brasil nos levam a pensar imediatamente no tema do funk de Jojô Maronttinni ou Jojô Toddynho, Que Tiro Foi Esse? Seu vídeo na plataforma Vevo já possui mais de 136 milhões de acessos e continua viralizando pelo mundo. O fato é que esta pergunta cabe bem ao nosso espanto em relação ao difícil momento dos brasileiros. Escândalos de corrupção, alta nos preços, juros altos, surpresas de mau gosto nas falas e ações da mais alta corte do judiciário brasileiro. Isso sem falar nas falas descaradamente mentirosas de muitos políticos graúdos do país em rede nacional de TV e na mídia em geral. Como se não bastasse, lá vem a enxurrada de notícias de violência ligadas ao narcotráfico nas grandes capitais brasileiras. Que “tiros” são esses que os brasileiros estão levando a cada novo dia? É surreal!
Como terminaremos este ano de 2018? O ano já começou com força total. As férias de verão já passaram, o feriadão de carnaval já virou cinzas, as pautas de agendas de aumentos nas câmaras municipais estão em plena atividade, as aulas nos colégios e universidades estão a todo vapor. Já estamos fechando o segundo mês do novo ano, e as notícias difíceis continuam a nos assolar. É um tiroteio só. Ainda estamos nos recuperando do “tiro” do governo federal quanto à nomeação do novo diretor da Polícia Federal, aliado de José Sarney, Fernando Segovia e suas declarações que estarreceram a corporação da PF e a nação. Sua atuação parece ter colocado no freezer nossa esperança na operação “Lava a Jato” da PF. A boa notícia é que a intervenção Federal do Rio de Janeiro, se não servir para outra coisa, colocou a Reforma da Previdência em espera. Ela realmente precisa ser feita, porém, não creio que possa ser guiada pela atual gestão federal, que é um governo que está se agarrando pelos fios para não cair, defendendo-se de denúncias e processos de corrupção. Por falar em governo, precisamos lembrar que este ano iremos as urnas para votar para assembleia legislativa, câmara federal, Senado e sobretudo para escolher o novo presidente!
Sem dúvida, 2018 é um grande ano para os brasileiros. Não começamos muito bem, ainda sob fogo cruzado de más notícias. No entanto, podemos terminar o ano um pouco melhor, com um pouco mais de esperança. Para isso, precisaremos escolher bem, elegendo alguns melhores dentre os não tão melhores. Hoje o sistema político não inspira os melhores nomes do pais a que se candidatem. Realmente, são pouquíssimos. Para encontrar um bom nome para votar, precisamos analisar muito bem. Para presidente, a julgar pelos nomes que se apresentam (sejam eles condenados ou não pela justiça), só podemos dizer que está um terror! Sou um homem de fé e, por isso, já estou orando e pedindo a Deus, não por uma intervenção federal ou militar, mas por uma intervenção do céu na terra, para fazer milagres e nos livrar de homens maus.
Enfim, brasileiros, gostando ou não de funk, resta-nos ouvir e perguntar: “Que tiro foi esse? Que tiros são esses?” Senhor, livrai-nos do mal, porque teu é o poder!