Se a vida é boa ou ruim, depende do ponto de vista e circunstâncias. Nesta análise, não apenas a riqueza ou o grau de escolaridade contam. O Japão, por exemplo, infelizmente enfrenta uma alta taxa de suicido entre jovens e adolescentes, e é um pais com altíssimos índices de IDH. Auto realização e patrimônio não são sinônimos.
Ao mesmo tempo, sabemos que nossa experiência terrena é breve e passageira. Não há como discordar do apóstolo Tiago quando diz: “A vida é como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa.” Isso nos faz perguntar: qual é o propósito desta vida? Afinal de contas, o que fazemos aqui na terra? Essa não é uma pergunta fácil e, certamente, não será com uma resposta simplória que daremos fim a dúvidas ao redor deste tema. Todavia, creio que existe uma resposta, e ela está em direção a um ser superior. Não creio que a existência do homem restringe-se apenas à sua forma humana, pois esta é apenas uma parte, a parte física. Concordo plenamente as palavras do filósofo ateu J. Bertran Russell: “A menos que se admita a existência de Deus, a questão que se refere ao propósito da vida não tem sentido.”
Esta pergunta é tão pertinente que diariamente pessoas do mundo todo buscam tais respostas por meio de religiões, esportes, piedade, negócios, prazeres, estudos e relacionamentos. Alguns chegam ao desespero de se entregarem a vícios e hábitos destrutivos nesta busca frenética por sentido. Contudo, encontramos pessoas o tempo todo que nos provam que estas alternativas não trazem respostas profundas o suficiente. Grande parte desta frustração está no fato de que o homem busca o sentido para vida dentro de si mesmo, esquecendo-se que o homem é criação e não criador. Naturalmente, a criação não nasce com tal resposta dentro de si mesmo. Observe a quantidade de venda de livros de autoajuda em todo o mundo. Não posso dizer que são ruins completamente, mas, todos em geral seguem a mesma direção: dê valor a seus sonhos, defina seus valores, estabeleça metas, foque no seu ponto forte, aspire grandes objetivos, seja disciplinado, acredite em si mesmo etc. Tudo é colocado como se o próprio ser humano fosse uma “máquina de respostas e soluções.” Obviamente são orientações boas e com bons resultados. Porém, não tratam da grande essência da vida.
O propósito da vida é maior que nossa carreira, família, sonhos e ambições. O propósito de sua vida está em um ser superior!
Você não irá descobrir o propósito da vida olhando para você mesmo. Precisamos nos voltar para Deus, o supremo Criador, e buscar nele respostas. Assim não vamos matar e morrer por uma busca de sentido baseada apenas no que podemos sentir, ver, tocar e ter.
Carlito Paes
Pastor Líder da Igreja da Cidade em São José dos Campos e Rede de Igrejas da Cidade.